Todos vivendo juntos na babilônia
Canção podre aquela que torna a grande cidade das luzes cheia de luxuria e infâmia
Caminhe nas ruas da babilônia e sinta o peso nos ombros, quilombos, senzalas,
Campos de concentração, bombas nucleares
Governos tiranos com poder de devastação,
Crianças mutiladas no Afeganistão,
Crack sendo vendido em são Paulo nas esquinas de são João,
Por aqui até loção francesa cheira podre,
Gente que tentou fazer parte da sociedade e não pode,
Agora enxergam seus sonhos ao longe e o tempo vai passando cabelos brancos,
Sepultura simples, pra quem teve vida dura
Hospitais cheios de gente baleada
Todos os dias morre gente a facada,
Seqüestros que terminam em desgraça, eu tento mas não consigo
Nunca vou me acostumar com isso.
O sangue do meu Deus escorreu na cruz
O sangue do meu Deus mudou destinos
O sangue do meu Deus limpou feridos
O sangue do meu Deus salva almas e vidas
Acredito que o sangue de Jesus me fortifica
Acredito que vou herdar a terra prometida
Acredito que vou ter paz por lá, nosso lugar não é aqui
O Leão voltará por você e por mim.
Não vou ficar louco, vou resistir não vou morrer aos poucos
Nem de uma só vez
Controlo o meu instinto pra não ir morar no xadrez
Gosto de ver estrelas pois são um pouco que nos resta de uma
Historia bela
E é difícil ver estrelas de dentro de celas
É duro e doloroso andar pelas ruas olhar bêbados e prostitutas nuas
Aidéticos, mendigos revirando lixo, crianças se humilhando em sinais trocados
Paisagem sinistra e macabra que entristece
Eu grito socorro mas ninguém aparece
Quero andar em ruas limpas
Quero ver crianças saudáveis,
Ver negros e brancos em casas confortáveis
Nunca mais quero ouvir sequer um tiro
Quero uma pátria nova que me dê abrigo