A cruz no chão
Ao seu lado um carrasco e um martelo, na mão
Olhando os pregos e a multidão
Sentiu grande vazio no seu coração
Pegaram o meu mestre, deitarão sobre a cruz
Abriram seus braços
Não viram sua luz
Juntaram seus pés
Chamaram o carrasco e ele se achegou
E ao lado do mestre se agachou
E o martelo subiu, subiu, subiu
Sobre os pregos desceu, desceu, desceu
E bateu, bateu, bateu, bateu, bateu
Ergueram a cruz
Lá estava pregado, do mundo a luz
Nenhum gemido, sequer soltou
Todos viram em seu rosto a marca da dor
Seu sangue jorrando, batendo no chão
Viu em todos os homens
A ingratidão
Mas não se irou
Pediu ao pai perdão, e o pai perdoou
Recebeu seu espírito
E chorou
Sua cabeça tombou, tombou, tombou
Sobre o peito caiu, caiu, caiu
E morreu, morreu, morreu, morreu, morreu
Tudo silêncio
Nem as aves cantavam
Nenhum som se ouvia